6 ATITUDES PARA ECONOMIZAR NA REFORMA DA CASA

Com certeza você já ouviu muita gente se queixando do quanto gastou na reforma da casa ou na construção de uma nova. “Foi mais que o dobro”, “o pedreiro sumiu depois do pagamento”, “ficou faltando uma parte e para consertar custou mais caro que quase todo o serviço” são algumas das frases mais comuns que tenho ouvido por aí. Mas fica a pergunta: afinal, toda reforma tem que acabar com o orçamento?

Conversando com profissionais da área de construção civil aprendi algumas dicas interessantes que fazem a diferença ao calcular o quanto a obra poderá custar. Construtores, engenheiros e outros profissionais ligados a este segmento garantem que é possível fazer uma boa reforma sem destruir as contas – afinal, eles vivem disso e entendem bem a relação custo benefício que representa a obra. Daí vieram estas dicas:

– Planejar a obra não adianta porque sempre surge algo inesperado – mito e, na opinião dos experts, absurdo. Uma boa reforma requer muito planejamento e cálculo tanto de dinheiro quanto de tempo. Pesquisar materiais, procurar orientação especializada (leia-se engenheiro, arquiteto, técnico em edificações) para saber onde estão as áreas mais delicadas e o que pode ou não ser feito é fundamental e tem que estar por escrito, até para saber exatamente o que foi feito e evitar retrabalho.

– Pagar o pedreiro semanalmente e recolher os tributos, como INSS – prática comum no cotidiano. Normalmente é feito um contrato com quem vai trabalhar na obra, e nessa hora não se esqueça de verificar o recolhimento de INSS pelo profissional (se acontecer algo com o pedreiro, como um acidente, você será responsabilizado por arcar com as despesas médicas).

– Trabalhar com engenheiros e arquitetos onera muito o serviço – nada mais errado querer fazer tudo sem orientação profissional. Temos visto obras irregulares que causam transtornos e mortes justamente por não terem tido a orientação obrigatória, por lei. Lembro que toda reforma que modifique o imóvel estruturalmente (mais um quarto, extensão da sala, remodelação da parte interna e externa) precisa estar registrada na prefeitura. O que não requer mudanças estruturais – como troca de azulejos, pisos, pintura das paredes – pode ser feito sem notificar a prefeitura, mas mesmo assim requer profissionais habilitados. Contratar engenheiros, arquitetos e profissionais técnicos de edificações pode representar uma boa economia porque eles têm dicas preciosas que farão você gastar menos, pois sabem os melhores materiais e a melhor relação custo-benefício.

– Comprar com folga é melhor porque toda obra acaba precisando de mais material do que foi calculado – se a obra está sendo conduzida por profissionais, eles têm como calcular quantidades exatas visando o mínimo de perda de material. O mesmo vale para o inverso: se for pedida a compra de uma determinada quantidade, não caia na tentação de comprar somente a metade, pois isso poderá representar atraso e retrabalho na obra.

– O descarte de materiais da obra é algo que precisa ser pensado antes da obra começar – verdade, verdadeira! Toda obra, seja a mais simplesinha (troca de azulejos, por exemplo) vai gerar resíduos e lixo, que precisam ser descartados corretamente. Alugar a caçamba é algo obrigatório e o descarte inadequado de resíduos pode causar multas ao imóvel de onde o entulho foi removido. Não pense em jogar em outras caçambas, pois câmeras de segurança (e pessoas atentas) estão em todo lugar e podem usar esta informação para um processo civil. Lembre-se que jogar entulho fora de áreas próprias para este fim é multa na certa.

– Toda obra demora mais do que o planejado – mito que ficou popular justamente por a maioria das obras não ter orientação de profissionais habilitados. Uma empresa de reformas tem como planejar exatamente tempos e movimentos e normalmente calcula com uma margem de segurança o prazo de entrega da obra (até porque eles querem receber todo o valor, e no contrato deve constar o escalonamento dos pagamentos, sendo os últimos na entrega da reforma). Quem faz por conta própria acaba deixando o prazo como elemento menos prioritário – e, em geral, isso gera perda de material, desgaste psicológico e maior custo.